Por Valéria Bretas
Exame.com
Apesar do bom desempenho de algumas cidades, a média nacional teve o pior crescimento no índice FIRJAM de desenvolvimento em dez anos
(Creatas/Thinkstock)
São Paulo – Das 5,5 mil cidades brasileiras, onze têm algo em comum: excelentes indicadores em educação.
O resultado é do Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM), que analisou o desempenho dos municípios, em 2016, em indicadores como atendimento à educação infantil, percentual de docentes com ensino superior no ensino fundamental (EF), taxa de distorção idade-série e posição dos alunos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
A nota varia de 0 pontos a 1: quanto maior o número, melhor é o desempenho da cidade.
Com nota máxima no setor, dividem o pódio 11 municípios paulistas: Marília, Taguaí, Gabriel Monteiro, Birigui, Santa Fé do Sul, Sebastianópolis do Sul, Fartura, Junqueirópolis, Aspásia, Santa Salete e Nova Guataporanga.
Apesar do resultado exemplar no levantamento, é importante ressaltar que apenas duas entre as melhores têm mais de cem mil habitantes – Marília, com 235,2 mil, e Birigui, com 120,6 mil moradores. As nove restantes têm entre 1,5 mil e 31 mil habitantes.
Já a nota média do Brasil no índice de 2016 foi de 0,7689, uma leve evolução de 0,6% em relação ao ano anterior – ainda assim, o resultado cravou o pior crescimento em dez anos.
Além disso, os indicadores de educação mostram que o país está longe de atingir as metas definidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE). Uma das metas do Ministério para nortear o planejamento do setor, por exemplo, era universalizar a educação infantil na pré-escola até 2016. No entanto, o país alcançou apenas 80,4% no atendimento.
Na avaliação da FIRJAN, apesar de a crise econômica ter impactado nos indicadores, a falta de recursos não foi um problema. “A principal barreira para o desenvolvimento dos municípios é a gestão mais eficiente dos recursos. Sem dúvidas, essas são questões a serem enfrentadas pelos próximos governantes que serão eleitos em 2018”, destaca o relatório.
Veja o desempenho das cidades referência em educação no Brasil:
Cidade
|
Nota
em educação
|
Taxa
de Atendimento à Educação Infantil
|
Distorção
idade-série no ensino fundamental
(EF)(%)
|
Porcentagem
de docentes com curso superior no EF (%)
|
Média
de Horas-aula diária no EF
|
Taxa
de Abandono no EF (%)
|
IDEB
EF (0-10 pontos)
|
Aspásia (SP)
|
1,0000
|
82,5%
|
3,0
|
95,5
|
7,7
|
0,0
|
6,1
|
Birigui (SP)
|
1,0000
|
71,5%
|
3,4
|
96,1
|
5,5
|
0,2
|
6,3
|
Fartura (SP)
|
1,0000
|
73,3%
|
3,8
|
94,1
|
5,1
|
0,4
|
6,5
|
Gabriel Monteiro
(SP)
|
1,0000
|
92,6%
|
4,9
|
96,2
|
6,4
|
0,0
|
6,3
|
Junqueirópolis
(SP)
|
1,0000
|
77,4%
|
2,8
|
99,2
|
6,1
|
0,0
|
6,7
|
Marília (SP)
|
1,0000
|
71,7%
|
3,5
|
94,1
|
5,4
|
0,1
|
6,0
|
Nova Guataporanga
(SP)
|
1,0000
|
70,1%
|
4,4
|
90,9
|
5,1
|
0,0
|
6,1
|
Santa Fé do Sul
(SP)
|
1,0000
|
84,2%
|
3,6
|
96,0
|
5,4
|
0,0
|
6,2
|
Santa Salete (SP)
|
1,0000
|
98,8%
|
2,0
|
94,1
|
5,0
|
0,0
|
6,4
|
Sebastianópolis do
Sul (SP)
|
1,0000
|
71,6%
|
4,7
|
92,9
|
5,1
|
0,0
|
6,8
|
Taguaí (SP)
|
1,0000
|
72,6%
|
3,9
|
93,2
|
5,9
|
0,1
|
6,3
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário