quarta-feira, 8 de agosto de 2018

As 11 cidades brasileiras que dão um show em educação

Por Valéria Bretas
Exame.com

Apesar do bom desempenho de algumas cidades, a média nacional teve o pior crescimento no índice FIRJAM de desenvolvimento em dez anos

 (Creatas/Thinkstock)


São Paulo – Das 5,5 mil cidades brasileiras, onze têm algo em comum: excelentes indicadores em educação.

O resultado é do Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM), que analisou o desempenho dos municípios, em 2016, em indicadores como atendimento à educação infantil, percentual de docentes com ensino superior no ensino fundamental (EF), taxa de distorção idade-série e posição dos alunos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

A nota varia de 0 pontos a 1: quanto maior o número, melhor é o desempenho da cidade.

Com nota máxima no setor, dividem o pódio 11 municípios paulistas: Marília, Taguaí, Gabriel Monteiro, Birigui, Santa Fé do Sul, Sebastianópolis do Sul, Fartura, Junqueirópolis, Aspásia, Santa Salete e Nova Guataporanga.

Apesar do resultado exemplar no levantamento, é importante ressaltar que apenas duas entre as melhores têm mais de cem mil habitantes – Marília, com 235,2 mil, e Birigui, com 120,6 mil moradores. As nove restantes têm entre 1,5 mil e 31 mil habitantes.

Já a nota média do Brasil no índice de 2016 foi de 0,7689, uma leve evolução de 0,6% em relação ao ano anterior – ainda assim, o resultado cravou o pior crescimento em dez anos.

Além disso, os indicadores de educação mostram que o país está longe de atingir as metas definidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE). Uma das metas do Ministério para nortear o planejamento do setor, por exemplo, era universalizar a educação infantil na pré-escola até 2016. No entanto, o país alcançou apenas 80,4% no atendimento.

Na avaliação da FIRJAN, apesar de a crise econômica ter impactado nos indicadores, a falta de recursos não foi um problema. “A principal barreira para o desenvolvimento dos municípios é a gestão mais eficiente dos recursos. Sem dúvidas, essas são questões a serem enfrentadas pelos próximos governantes que serão eleitos em 2018”, destaca o relatório.  

Veja o desempenho das cidades referência em educação no Brasil:

Cidade
Nota em educação
Taxa de Atendimento à Educação Infantil
Distorção idade-série no ensino fundamental
(EF)(%)
Porcentagem de docentes com curso superior no EF (%)
Média de Horas-aula diária no EF
Taxa de Abandono no EF (%)
IDEB EF (0-10 pontos)
Aspásia (SP)
1,0000
82,5%
3,0
95,5
7,7
0,0
6,1
Birigui (SP)
1,0000
71,5%
3,4
96,1
5,5
0,2
6,3
Fartura (SP)
1,0000
73,3%
3,8
94,1
5,1
0,4
6,5
Gabriel Monteiro (SP)
1,0000
92,6%
4,9
96,2
6,4
0,0
6,3
Junqueirópolis (SP)
1,0000
77,4%
2,8
99,2
6,1
0,0
6,7
Marília (SP)
1,0000
71,7%
3,5
94,1
5,4
0,1
6,0
Nova Guataporanga (SP)
1,0000
70,1%
4,4
90,9
5,1
0,0
6,1
Santa Fé do Sul (SP)
1,0000
84,2%
3,6
96,0
5,4
0,0
6,2
Santa Salete (SP)
1,0000
98,8%
2,0
94,1
5,0
0,0
6,4
Sebastianópolis do Sul (SP)
1,0000
71,6%
4,7
92,9
5,1
0,0
6,8
Taguaí (SP)
1,0000
72,6%
3,9
93,2
5,9
0,1
6,3

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